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5 dias em chama: incêndio em SRN avança e chega próximo à comunidades rurais

Há cinco dias em chamas, um incêndio de grandes proporções preocupa moradores da região de São Raimundo Nonato. O fogo continua avançando e colocando em risco o Parque Nacional da Serra da Capivara, patrimônio cultural da humanidade, e comunidades rurais no entorno do município. Nessa madrugada de hoje, 10/09, as chamas chegaram a cerca de 1,5 quilômetros da Comunidade Baixão do Diógenes, que fica na entrada da cidade. Os primeiros focos foram identificados na segunda-feira, 06/09. 

Alexandre Medeiros, guia turístico e morador do Baixão do Diógenes, conta que percebeu o fogo da porta de casa ontem a noite e logo acionou as unidades de prevenção e combate ao fogo no município. “Foi desesperador. Da porta de casa as chamas pareciam bem mais próximas. Acionei todo mundo. O fogo se espalhou por conta das forças do ventos, começando a combater às 8h e terminamos às 3h da manhã, com ICMbio, Corpo de Bombeiros de Floriano, Prevfogo, equipes da Prefeitura e voluntários”, relata. 

Hoje pela manhã, os focos de fumaça ainda eram visíveis e a preocupação é que o fogo possa reacender com a força dos ventos. “Daqui de casa eu ainda consigo ver alguma fumaça; a gente fica preocupado, porque o dia vai ficando quente e os ventos fortes. Nesse momento tá um vento tranquilo, mas a partir das 10h o sol esquenta e os ventos ficam mais fortes”, alerta Alexandre. 

Ontem (09/10) o Corpo de Bombeiros havia informado que o incêndio teria sido controlado, entretanto, à noite o fogo retornou. De acordo com a Major Najra Nunes, do Corpo de Bombeiros, a volta das chamas foi motivada por conta das altas temperaturas na região. “Hoje, duas equipes do CBMEPI (Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí) de Teresina e uma de Picos  se dirigiram à São Raimundo Nonato para se somar às equipes que já estão lá: brigadistas locais,do ICMBio e Cemar”, afirma. 

Para Alexandre Medeiros, que vem acompanhando os trabalhos desde o início da semana, o controle do fogo é muito incerto, porque depende das condições climáticas. “Minha casa fica bem na frente, se torna um pouco perigoso ainda, estamos em alerta total. Aqui o controle fica de acordo com  o vento, o calor, porque a mata aqui é seca. Minha preocupação é esse fogo reacender e chegar próximo das residências. Mas o trabalho é incansável, bombeiros, prevefogo, prefeitura e nós, moradores voluntários. Estamos 24h trabalhando, mas o fogo continua ainda e cada vez mais próximo das casas”, alerta. 

Texto: Luan Matheus Santana

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