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Aplicação de multa faz indígena sofrer ameaça de morte no Sul do Piauí

Líder Akroá-Gamela registrou um Boletim de Ocorrência e narrou detalhes sobre as ameaças

Um dia após a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí-SEMAR informar que multou em R$ 2,3 milhões os responsáveis pelo desmatamento de uma área de 2.173,62 hectares no território dos indígenas Akroá-Gamela, no município de Gilbuéis, a 766Km de Teresina, o líder indígena Adaildo José Alves, foi a Delegacia de Polícia do município registrar Boletim de Ocorrência-BO, em que narrou detalhes sobre as ameaças.

Segundo ele, os irmãos identificado por Aldimar e Valdimar Nunes de Carvalhos, comerciantes, teriam grilado e vendido áreas já georreferenciadas e em processo de demarcação pelo Instituto de Terras do Piauí (Interpi). Na polícia, Adaildo disse que no último dia 06, um dos irmãos, Aldimar, foi a sua casa armado com um facão e disse que a terra tinha sido desmembrada.

“Expliquei que quem demarcou foi o Interpi e não nós”, narrou acrescentando que ao sair, ele danificou o colchete da sua cerca. Minutos depois, o outro irmão,  por áudio via whatsapp falou “seus dias estão contados”.

Na polícia, o Akroá Gamela contou que essa área, habitada por eles desde seus antepassados quase dizimados, já foi vendida pelo menos três vezes, sempre com documentos fraudulentos. Uma delas, um dos irmão, Valdimar, foi preso por falsificação de documentos.

Desmatamento ilegal terminou em multa milionária

As investigações realizada pela Polícia e Semar, em dezembro de 2022, apontaram como mandantes do desmatamento, Lindomar Feitosa de Macedo, Luiza Pereira Quaresma Neta e Walesca Paes de Oliveira. As multas aplicadas ao grupo somam R$ 2,3 milhões.

Fonte e fotos: Reapi

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