Tânia Martins
Os impactos causados pelo desmatamento no sul do Piauí aponta o crescimento da desertificação que avança por todos os municípios da região, revelando que em um futuro próximo a área tende a ficar inóspita. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelam uma extensão de 7.759,56 km² de áreas devastadas na região.
Os dados chamaram atenção do Instituto Florestal Eden, uma entidade internacional que trabalha reflorestando matas nativas em países que estão perdendo a vegetação. No Brasil, ele está presente nos estados de Goiás, Maranhão e no Piauí, onde pretende reflorestar com floresta nativa a Bacia dos rios Corrente, Paraim e rio Fundo, iniciando pela mata ciliar da Lagoa do Parnaguá.
Cerca de 50 pessoas estão escaladas para atuar nos projetos de reflorestamento no estado. Segundo informações da equipe lotada em Parnaguá, em outubro do ano passado, foi lançado um edital com processo de seleção socioeconômica, que contratou mais de dez pessoas locais para trabalhar no viveiro de mudas e com o plantio. Desde então, foram produzidas milhares de mudas de espécies nativas, extremamente importantes para a biodiversidade da Caatinga e do Cerrado.
Diante das necessidades apresentadas, o projeto agora está convidando proprietários rurais, com terras no decorrer das Bacias dos Rios Fundo, Corrente e Paraim, com a intenção de expandir o projeto e recuperar a vegetação nativa dessas áreas. O impacto dessa expansão deve gerar benefícios ambientais e sociais, tanto em longo prazo quanto em curto prazo, podendo gerar mais dezenas de empregos na região. Para os proprietários, o Eden surge também como um facilitador para a regularização ambiental de propriedades rurais sem exigir qualquer contrapartida financeira.
Edição: Vicente de Paula
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