O evento, que discute a transição energética no Piauí, é organizado pelo GT de Energias Renováveis e deve contar com representações de comunidades de Simões e Parnaíba.
O convite é para pensar sobre o futuro do planeta a partir do Piauí. Nos últimos anos o estado tem protagonizado ações e projetos bilionários para viabilizar a expansão das energias renováveis no estado. “Um caminho necessário para o enfrentamento à crise climática, mas que pode gerar efeitos reversos perigosos, se feito sem o devido cuidado à justiça socioambiental”, afirma Tânia Martins, socioambientalista e uma das organizadoras do evento.
A transição energética no Piauí, fomentada pela exploração dos ventos e do sol com suas unidades geradoras, eólicas e solar, vem transformando a passagem do sertão. Só no parque Ventos do Araripe III, um dos maiores complexos eólicos da América Latina, localizado no alto da Chapada do Araripe, na fronteira entre os estados de Pernambuco e Piauí, foram investidos R$1,8 bilhão em seus 14 parques, sendo nove no Piauí e cinco em Pernambuco.
Ambientalistas e especialistas na área vem alertando, no Piauí e no mundo todo, sobre os riscos de pensar a transição energética de forma apartada da justiça socioambiental e do respeito às populações vulneráveis. Pensando nisso, o Grupo de Trabalho sobre Energia Renováveis, criado por representantes da sociedade civil organizada para discutir a transição, está organizando o Seminário Energias Renováveis no Piauí: por uma transição energética com justiça socioambiental.
O evento acontece no Dia Mundial da Água, 22 de Março, no auditório do Instituto Federal do Piauí (centro de Teresina) e deve contar com representações de comunidades atingidas, movimentos sociais, pesquisadores, juristas, ativistas socioambientais e gestores públicos.
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