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CASO SALVE RAINHA | Condenado a 14 anos de prisão por três crimes, Moacir Júnior permanece em liberdade

Foram 4 anos de espera e mais 14 horas de um julgamento que parecia não ter fim. Por maioria, o júri popular considerou Moacir Moura da Silva Júnior culpado pelos crimes de homicídio simples contra os irmãos Bruno Queiroz e Júnior Araújo e lesão corporal ao jornartista Jader Damasceno. O réu foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado, entretanto, vai poder responder em liberdade, com aplicação de medidas cautelares.

Durante o depoimento de Moacir, o pedido de desculpas veio engasgado. Em momento algum, a defesa ou réu assumiram a responsabilidade pelos crimes. Negaram a ingestão de bebida alcoólica quando haviam provas da embriaguez, negaram o excesso de velocidade, quando as provas materiais apontavam mais de 100km/h. Assumiram o discurso da inocência, que foi amplamente negado pelo júri.

Jader acompanhou o julgamento do início ao fim. Buscou na família e nos amigos força para reviver o momento mais difícil dos seus 28 anos. Com a serenidade que aprendeu a ter e o olhar atento de um grande artista, ele não comemorou o resultado, mas acredita que a decisão desta quarta-feira (04) cumpriu um papel importante. “Não era exatamente o que a gente imaginava, mas acho que foi positivo para esse momento”, disse.

O pai dos irmãos Júnior e Bruno, Francisco das Chagas, se manteve em silêncio na maior parte do julgamento. Na saída, os abraços falavam mais que as palavras e o olhar vazio denunciava um pai que perdeu parte da sua vida, junto com a dos filhos. Marcas que não são apagadas com o tempo, nem consoladas pelos julgamentos. Marcas que nenhum pai deveria enfrentar.

Não só os aspectos materiais, mas também as questões subjetivas foram postas na mesa do júri. Para o Ministério Público (MP-PI) o resultado foi positivo uma vez que os jurados, por maioria, acataram todas as alegações feitas pelo MP-PI, a exceção da fuga do local do acidente, que se configuraria como uma qualificadora do crime. “Agora vamos esperar a movimentação da defesa, não sabemos como eles irão recorrer”, afirmou o Promotor Ubiraci Rocha.

Ao final, o grito de justiça começou a ser desenhado.

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