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Ceará pode deter toda água do Rio Poty

Uma Audiência Pública, que vai acontecer nesta terça-feira, 23/02, na Assembleia Legislativa do Piauí, pode definir o futuro do Rio Poty. Ele pode ficar perene ou deixar de existir completamente em seu baixo curso, a partir do município de Prata até a cidade de Teresina, caso não seja modificado o Marco Regulatório do Sistema Hídrico Poty que abastece barragens no Ceará e foi criado a partir da instalação da Barragem Jaburu I em 1983, alimentada pela Bacia Hidrográfica do rio Longá, afluente do Rio Poty.   

A partir de então o Estado do Ceará  já construiu nove barragens na Bacia do Rio Poty.  Atualmente as obras do Lago de Fronteiras, em Crateús, em fase final de construção, com acumulo de 490 milhões de metros cúbicos, vão, seguramente, represar o Rio Poty e deixar milhares de pessoas, animais e agricultura sem água, a partir do médio curso do rio, atingindo os municípios de Castelo, Buriti dos Montes e Juazeiro do Piauí.

Benedito Rubens, ambientalista e que acompanha a movimentação do Ceará na captação das águas da Bacia do Rio Poty há décadas, questiona a falta de compromisso daquele estado em não recompensar o Piauí com mitigações que possam compensar o uso da água do rio Poty.

Segundo ele, como não ouve apresentação dos estudos de Impactos e Relatório Ambiental da Barragem Lago de Fronteiras para o Piauí, algumas instituições da sociedade civil foram mobilizadas e entraram com pedido de uma Ação Civil Pública no Ministério Público Federal.  “Não é justo prejudicarem pessoas e atividades que geram rendas no Piauí sem nenhuma contrapartida”, diz e informa que isso será cobrado.

A solicitação para audiência partiu do presidente do Comité da Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba, Avelar Damasceno para a Frente Parlamentar de Recursos Hídricos da Assembleia, ele também provocou a Agência Nacional de Água-ANA e disse que não está convincente as propostas das minutas dos marcos regulatórios, “precisamos levantar os pontos questionáveis relativo as vazões de água que será liberado para o Piauí”, disse.

Por: Tânia Martins – Jornalista Ambiental

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