TRANSDOC, um documentário sobre Diversidade sexual e cidadania LGBTQI+. O lançamento acontece nesta quarta-feira, 29 de Janeiro, na Faculdade Adelmar Rosado, a partir das 18h30.
O documentário abordará as questões sobre diversidade sexual e cidadania da população LGBT, onde o objetivo é dar visibilidade a população transexual, transgenêro e travesti. O projeto como um todo visa mostrar as dificuldades diárias enfrentadas pelos mesmos dentro da sociedade, como questões ligadas ao estudo, saúde, empregabilidade, relações familiares e questionamentos pessoais, para assim ressaltar a importância do mês da visibilidade trans e da individualidade de todos os corpos.
O dia 29 de janeiro foi nomeado como o dia da visibilidade trans. Conquista que veio através de muita luta dessa população que reivindica a garantia de direitos básicos como o direito ao nome social, o acesso a saúde de forma humanizada e a entrada destes no mercado de trabalho. A data foi criada em 2004, quando na ocasião em que travestis, mulheres transexuais e homens trans entraram no Congresso Nacional em Brasilia para lançar a campanha “ Travesti e respeito “ junto ao Ministério da Saúde.
Desde então, são realizadas atividades neste mês para que se comemore a existência desses corpos em luta e que se reivindique que estas vozes sejam ouvidas.
Este documentário surge através da necessidade de dar voz a essas que são invisibilizadas pela sociedade que tem como algo cultural a LGBTfobia.
Tendo isto em vista, o documentário tem a pretensão de ressaltar que essa população além de ser objeto de estudo e pesquisa, por conta do lugar marginalizado em que a sociedade os coloca por seus corpos desafiarem as normas de genêro, ela é dotada de conhecimento e tem capacidade de produzir. Ora, se existem tantas formas de ser homem e mulher por que com travestis, transexuais e transgenêro seria diferente?
TRANSDOC é um documentário pensado, produzido, escrito e dirigido somente por pessoas trans, o mesmo tenta fugir dessa narrativa única da marginalização dos corpos dessa população, trazendo profissionais de áreas diversificadas para que se possa demonstrar que estamos em todos os lugares mas vocês não querem nos enxergar! Por mais que uma parcela pequena dessa população consiga obter um diploma e se profissionalizar, isto não é suficiente para que esses consigam adentrar na mesma vaga para um emprego disputada contra um otrem cisgenêro com uma menor qualificação.
Além de abrir os olhos para essa problemática, o documentário busca passar a importância que possui o simbolismo por trás dessa data e a forma que cada narrativa irá interpreta-la.
Texto e arte: Coletivo 0.86
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