Mais um dia comum de uma cidade de pedra. O sol toca o chão, aquece o asfalto e nele deixa uns 40, dos seus mais de 5 mil graus de temperatura. A gente, do lado de cá do Parnaíba, levanta (e com orgulho) o título da cidade mais quente. Metade do ano a gente reclama do sol, mas na outra metade a gente sente saudade. Uma relação de amor e de ódio, que abraça todo mundo.
A gente costuma dizer que em Teresina tem um sol pra cada um. Nos trending topics das paradas de ônibus ele quase sempre tá em primeiro lugar, só perde mesmo quando a tarifa aumenta. É motivo pra puxar papo com desconhecido (“tá calor, né?”) ou pra se aconchegar com um amigo, em busca daquela sombra disputada.
Quando ele se esconde, no meio do céu cheio de nuvens cinzentas, a gente diz que tá bonito pra chover e até sente falta daquele brilho lá de cima. Mas não demora muito e ele volta, imponte no meio da imensidão azul. É difícil de olhar diretamente, mas não tem um só dia que a gente não veja e se admire desse gigante do universo.
O sol, aquecedor natural dos nossos corações, pintor surreal de uma tela infinita, exposta no meio da sala do universo. O sol, que tinge de azul os dias ensolarados e faz uma aquarela no entardecer da cidade que nem Matisse, Monet ou Van Gogh conseguiram pintar igual. Uma obra prima da natureza, que junta todos os elementos e nos inspira.
Mesmo nos dias mais quentes, voltando do trabalho já enfadado de tanto calor, dá uma orgulho danado olhar pro céu de Teresina e ver aquela imensidão de cor.
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