Centenas de organizações dos movimentos sociais de todo Brasil e países que formam a Amazônia e alguns da América latina, estiveram reunidos em Brasília, dias 1 e 2/08, na Cúpula dos Povos das Américas, construindo uma agenda comum de propostas da sociedade civil para a COP-30 (Conferência da ONU sobre mudanças climáticas) a ser realizada em Belém-PA em 2025.
O foco principal das organizações que compõem a Cúpula, é conseguir dialogar com a sociedade planetária sobre qual o projeto de mundo melhor a ser seguido, mostrando que só é possível combatendo ferozmente o capitalismo, o imperialismo, o racismo e todas as armas usadas pelo mercado para destruir os recursos disponíveis na Terra, massacrando a força de trabalho da maioria da população mundial.
Durante dois dias o grupo, que representou todas as organizações conectadas com a Cúpula dos Povos, se debruçou sobre temas considerados mais urgentes para se conseguir mitigar o avanço rápido da mudança do clima; protagonizando discursões, debates e propostas aglutinadoras que resultou na Carta de Princípios da Cúpula dos Povos, entregue ao final do encontro aos representantes do governo brasileiro.
A secretária do Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática-MMA, Ana Toni, disse que o governo vai considerar as questões apontadas pela Cúpula dos Povos por serem de extrema importância para avançarmos no combate à mudança do clima, “tendo a justiça climática como norteador dessa luta”.
Além da Secretária do Clima do MMA, receberam o documento a Secretaria Geral da Presidência da República, Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Ministério das Mulheres, Ministério dos Povos Indígenas, Ministério das Cidades, Companhia Nacional de Abastecimento-CONAB e Ministério de Relações Exteriores.
Já o grupo operacional da Cúpula dos Povos segue aglutinando parceiros e atualmente é composto pelas entidades: COIAB, APIB, CONTAG, MST, MAM, MAB, CONAQ, MTST, OC, GCB, GTA, REPAM, AMB, FBOMS, FOSPA, AMA e ANA.
Entre as pautas defendidas estão a luta por direitos dos povos que dependem dos recursos naturais para bem viver, defesa das florestas em pé, combate ao desmatamento, um dos carros chefe da mobilização, soberania alimentar, transição energética justa, direitos da natureza, gestão das águas, racismo estrutural, regularização fundiária, fiscalização e proteção dos territórios, extinção dos combustíveis fósseis, entre outras bandeiras compõem o documento escrito pelas organizações.
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