A população de tribos que viviam na América caiu de 60 milhões de pessoas para seis milhões após a chegada dos europeus ao continente. Milhões de pessoas morreram sem serem atingidas diretamente pelos colonizadores que trouxeram com eles doenças antes desconhecidas pelos povos que aqui viviam.
Essas e outras epidemias também marcaram a história do mundo, que atualmente vive uma pandemia de Covid-19. Para contextualizar o período atual com outros momentos da história, o Ocorre Diário chamou um professor que entende do assunto.
Morador da Boa Esperança, o historiador Raimundo de Oliveira, conhecido como Novinho, falou em live pro Ocorre Diáio nesta quinta-feira (30) sobre as epidemias na história da humanidade e a relação com os povos mais pobres nas grandes cidades e aqueles que tiveram seus territórios invadidos pelos povos europeus em nome do progresso de poucos.
Novinho relembrou que as primeiras doenças epidêmicas são antigas, datadas quando os homens começaram a se aglomerar, com o início da agricultura, há 10 mil anos, formaram as primeiras cidades e com isso começaram a proliferar as primeiras doenças.
Com o surgimento do comércio e o acúmulo de lixo, os trabalhadores passaram a residir e trabalhar em locais com condições de higiene cada vez mais precárias, o que favoreceu a proliferação de doenças.
A proximidade das residências com os locais onde as pessoas faziam suas necessidades fisiológicas e do local de onde coletavam água para consumo também contribuiu e contribui para que doenças surgissem.
Doenças dos europeus dizimaram nativos
“No continente americano, nos primeiros 100 anos da conquista, que vai do século XV a XVI, a estimativa é que viviam 60 milhões de pessoas antes dos europeus. Quem não morreu em batalhas foi comprovado que a população reduziu de 60 a seis milhões vítimas de doenças”, lembrou.
A principal doença era a varíola. Novinho explica que o alto número de mortes se deu pelo fato das doenças serem desconhecidas pelos organismos dos povos pindorâmicos
“Não era porque o indígena tinha o organismo fraco, era questão de imunidade à doença, que o indígena ainda não tinha”.
A doença matou os povos que aqui viviam antes mesmo das armas dos colonizadores brancos.
“A doença chegou antes, a doença foi enfraquecedora”, disse o historiador da Boa Esperança.
Novinho destacou ainda que os povos africanos também foram atingidos pelas doenças com as invasões européias.
Confira a live completa no nosso Instagra@ocorrediario
Deixe um comentário