Nessa quinta (11), parentes de ingressos e egressos do sistema prisional se uniram em frente ao Tribunal de Justiça para protestar. A causa é o descaso do Estado e da Justiça em relação às pessoas que estão presas ou já passaram por cadeias. A abordagem policial violenta em relação à população negra, tortura dentro das cadeias e ressocialização dos ex-presos foram alguns dos problemas abordados no ato.
O movimento teve problemas de mobilização por conta da morte de um dos parentes das famílias que estavam organizando o ato. E nessa segunda, 7, C.M.S.L. foi morto a facas por outros presos na Casa de Custódia. No confronto, outros 2 ficaram feridos. Segundo relatório da gerência do presídio, cerca de 5 outros detentos relataram correr risco e foram transferidos de pavilhão.
Essa é a realidade das pessoas que entram no sistema carcerário. As famílias também têm dificuldade de se reunirem em ato por estarem sempre ao redor das cadeias, em dias de visita, tentando estar mais presente possível na vida das pessoas que sofrem nas prisões do estado. Existe também medo de represália em relação a seus parentes encarcerados e ex-encarcerados.
O Coletivo Antônia Flor, assessoria jurídica volta a direito humanos, esteve presente no ato e reforça a denúncia. “A morte de C.M.S.L é culpa do Estado. Ele foi colocado em um pavilhão cheio de inimigos. O Estado assinou a sentença de morte dele.”, declara Savina Priscila, advogada do coletivo.
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