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GPTRANS lança nota exigindo justiça à Makelly; Nova audiência acontece esta quarta (13)

Mural feito pela Artista LuRebordasa em ato contra o feminicídio no Piauí.

Sendo o terceiro estado no Brasil a receber mais denúncias de agressões à LGBT, segundo o #Disque100, o Piauí assistirá a mais um capítulo do triste drama do caso Makelly esta quarta-feira (13). Makelly Castro foi encontrada morta e cruelmente golpeada em 18 de julho de 2014. De lá para cá uma longa luta tem se sucedido e o resultado deixa mulheres e homens trans apreensivos em relação às suas vidas.

O Júri reconheceu Luís Augusto como autor do homicídio, mas mesmo assim o absolveu. O Ministério Público interpôs apelação criminal contra a sentença alegando que há nos autos-provas suficientes de que o réu é autor do crime.

É válido lembrar que no Brasil a expectativa de vida de uma pessoa trans é de 35 anos. Além disso, somente no ano de 2018, nove pessoas LGBT’s foram assinadas no Piauí e 419 foram ceifadas vítimas de assassinato ou suicídio em todo Brasil, segundo levantamento do Grupo Gay da Bahia. O relatório ainda dá conta de alertar que a cada 20 horas uma pessoa LGBT morre de forma violenta no Brasil.

Leia a seguir, na íntegra, a nota de apelação do GPTRANS em nome das vidas trans:

NOTA DE APELAÇÃO PARA ANULAR O JÚRI DO ASSASSINATO DA TRAVESTI MAKELLY CASTRO.

O Grupo Piauiense de Transexuais e Travestis – GPTRANS é uma entidade representativa das pessoas Transexuais e Travestis do Estado do Piauí, que atua na luta pelos Direitos Humanos, pela Inclusão Social, pela Educação de mudanças de comportamento frente ao uso de drogas, infecção pelo vírus HIV/AIDS/Hepatites Virais e pela Promoção da Equidade em Saúde, com assento no Conselho Municipal de Direitos LGBT de Teresina, no Conselho Estadual de Saúde do Piauí, Conselho Estadual de Direitos da População LGBT.

Vimos através desta apelar para anulação do Júri, do assassinato da Travesti Makelly Castro, onde teve o seu assassino reconhecido como autor do crime e ainda assim foi absolvido. Entendemos que está nítido neste caso a Transfobia deste júri, pois é como se afirmasse que matar uma Travesti não é crime hediondo, este resultado só reforça o pensamento de crimes de ódio contra as Travestis e Transexuais pode acontecer e ficar impunes.

Mediante este exposto o Grupo Piauiense de Transexuais e Travestis – GPTRANS, reforça os crimes de ódio contra a vida de Travestis e Transexuais, não podem ficar impunes, estaremos monitorando os resultados do julgamento através da apelação criminal do Ministério Público do Estado do Piauí, com o sentimento de que a justiça será feita e que o culpado pelo assassinato da Companheira Makelly Castro, seja punido na forma da lei.

Vidas Trans Importam! Diga Não a Transfobia!

Leonna Osternes

Coordenadora em exercício do Grupo Piauiense de Transexuais e Travestis – GPTRANS

Makelly, PRESENTE, agora e sempre!!
Da esquerda para a direita acusado no caso Makelly e Makelly de Castro.

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