A hiperinformação gera um novo quadro classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de Infodemia, que leva aos usuários das redes uma grande quantidade de informações nem sempre úteis.
Quando temos qualquer tipo de problema o mais importante é irmos atrás de informações. No entanto, desde o início da pandemia toda a sociedade recebeu um bombardeamento de dados, notícias, boletins médicos, obituários e em nenhum momento parou para se pensar qual seria o limite para tantas inserções nas mais diversas mídias. O fato que a hiperinformação, muitas informações sendo produzidas e compartilhadas em todos os cantos do mundo, chegando a bilhões de pessoas, gera um novo quadro classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de Infodemia.
No mês que discutimos a saúde mental e valorização da vida, é importante compreender os tipos de informações que estamos acessando, compartilhando e como estamos absorvendo esses tipos de notícias, compreendendo como tudo isso afeta nosso estado de saúde. Esses são pontos fundamentais que a militante em saúde mental e assistente social Cleiana Mesquita nos mostra a partir do que tem acompanhado em seus estudos no último ano da pandemia e que esse excesso de informação tem afetado ainda mais os quadros de ansiedade.
“A conjuntura política ligada ao desespero das pessoas diante da pandemia mais ainda com problemas que já existiam, mas que se agravaram na pandemia, como desemprego e a inflação, o que a OMS tem observado é uma população mais ansiosas, deprimidas e sobrecarregadas. O indivíduo entra num processo de desesperança como se não houve saída” explica Mesquita, que também faz parte como membro do Grupo de Trabalho de Prevenção ao Suicídio da Secretaria Estadual de Saúde do Piauí (SESAPI).
Material da OMS traz dicas para minimizar a infodemia
Apesar de uma ferramenta eficaz em vários aspectos, a comunicação quando não efetuada de forma precisa e com checagem de informações pode acarretar um desdobramento negativo afetando a saúde do indivíduo.
Segundo material disponibilizado pela própria OMS, para tentar minimizar os efeitos da infodemia e conhecer melhor o termo, ao compartilhar dados ou informação de fontes não confiáveis, a pessoa está contribuindo para que quem realmente necessita de cuidados não chegue à informação correta, comprometendo assim a sua tomada de decisão diante da ajuda que procura. Por isso, neste mês que os assuntos relativos à saúde mental são mais divulgados e compartilhando é importante saber a fonte e veracidade das informações.
Cleiane orienta que para tentar amenizar o excesso de informação que estamos expostos e trabalhar um possível quadro de ansiedade que estamos sujeitos o passo inicial é desconectar um pouco.
Dentre as dicas da profissional estão: Menos redes sociais, buscar ler livros, criar um planejamento da rotina, reforçar laços afetivos com amigos e familiares, que pode ser feito por vídeo chamadas e trabalhar o senso crítico e reflexivo diante da informação que se está consumido.
Mas diante de qualquer quadro em que se perceba que esteja comprometendo a sua saúde mental a busca por profissional não deve ser nunca descartada.
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