Movimentos Sociais convocam Audiência Pública Popular em Defesa do Cerrado, dia 11/09

Movimentos populares e sociais, organizações territoriais, partidos políticos, pesquisadores e ativistas ambientais de todo o Piauí se reuniram na noite de ontem (07/08) para construção de uma Audiência Pública Popular em Defesa do Cerrado. A ação foi proposta pela Rede Ambiental do Piauí (REAPI) e pela Plataforma de Comunicação e Educação Popular & Colaborativa Ocorre Diário.

A destruição do Cerrado piauiense está sem controle e é preciso que a sociedade reaja com urgência para evitar sua extinção. Mais de 50% do bioma já foi destruído e as perspectivas para o futuro são preocupantes. Os povos do Cerrado, segundo o Tribunal Permanente do Cerrado, sofreram e ainda sofrem o forte processo de genocídio e ecocídio, ou seja, foram explusos de suas terras e tiveram sua cultura e modos de vida extremamente prejudicados. Além disso, casos de violências dos latifundiários contra populações tradicionais, sobretudo, na região do MATOPIBA onde o Agronegócio avança, tem sido cada vez mais constante.

Diante desse cenário, as mais 15 organizações sociais presentes na reunião aprovaram a construção da AUDIÊNCIA PÚBLICA POPULAR, a ser realizada no dia 11 de Setembro (Dia do Cerrado), a partir das 9h, na rua lateral ao Palácio de Karnak. A ação busca chamar atenção para os crimes socioambientais na região do Cerrado, bem como criar espaços de visibilidade e reivindicação em torno da pauta.

“Precisamos reagir a essa matança desenfreada das nossas matas. Não dá pra assistir a destruição do Cerrado inerte. Se você, assim como nós, está indignado com essa situação, venha construir conosco esse movimento ou colabore”, afirma Tânia Martins, coordenadora da REAPI.

Quem tiver interesse em apoiar a realização da Audiência Pública Popular em Defesa do Cerrado, pode fazer uma doação pelo site: https://benfeitoria.com/projeto/audiencia-publica-popular-em-defesa-do-cerrado-1bb4

Participam dessa articulação: REAPI, Ocorre Diário, Coletivo Antônia Flor, MST, Cáritas, MCP, FETAG, ADCESP, ADUFPI, Centro de Defesa Ferreira de Sousa, CPT, Quilombo Macacos, Conselho Pastoral dos Pescadores, PSOL e PSTU.