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“Não existe até a presente data um projeto de recuperação”, afirma comunidade atingida por obras da Ennel

O conflito entre famílias atingidas pelo transbordo das bacias de contenção do Parque Solar São Gonçalo e a empresa Eneel continua sem solução. A empresa afirma que vem cumprindo o Termo de Ajuste de Conduta-TAC firmado para mitigar os impactos, porém, moradores da região atingidos pelos sedimentos oriundos das bacias garantem que quase nada foi feito desde 2019, quando aconteceu o primeiro rompimento, tendo o desastre se repetido em 2020 e mais uma vez em 2021.

E nota enviada ao OcorreDiário, a Associação Alto do Gurguéia e os Produtores Rurais das localidades, lapa; buritizinho e buriti do meio reafirmam que a Empresa não vem cumprindo com o que foi estabelecido pelo Termo de Ajuste de Conduta assinado pelo Ministério Público, Secretaria de Meio Ambiente do Estado e Ennel. 

A Associação Alto do Gurguéia esclarece que são infundadas os esclarecimentos repassados pela empresa e asseguram que muitas informações passadas pela ENEL não são verdadeiras, a exemplo do crime ambiental ocorrido na região da Lapa onde nove proprietários de áreas ficaram sem acesso a água, devido a destruição total dos brejos e riachos existentes na região.

Não existe até a presente data e nem foi apresentado um projeto de recuperação e implantação de pés de buritis para que seja recuperado e devolvido o extrativismo, uma das poucas atividades econômicas da região e que foi afetada profundamente com os desastres. Também até a presente data não foi tratado nem um plano de ação emergencial para que seja feita uma cerca em torno dos brejos afetados para que os pecuaristas consigam colocar os animais em seus imóveis.

É fato que a Ennel demonstra intransigência para dialogar com a comunidade. No último desastre em fevereiro passado a Associação tentou uma reunião com os representantes da empresa responsável e com o responsável pela obra de drenagem nas localidades  lapa, buritizinho e buriti do meio, mas não houve resposta por parte da empresa.

Texto: Tânia Martins

Edição: Luan Matheus Santana

Imagens: Associação Alto Gurgueia

Comments (1)

  • Paulo Félixsays:

    19 de março de 2021 at 11:21 PM

    Meu sogros.sr. Dionísio 89 anos, é morador é proprietário do sítio nos Macacos, e está sofrendo com os danos ambientais causados pela empresa Solar da região , a família dependem do riacho para o sustento e plantio da lavoura.

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