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No dia dos/as trabalhadores/as, o desemprego bate na porta de quase 13 milhões de brasileiros

Sem trabalho e no meio de uma crise internacional de saúde! Foi assim que Wallison Santana se viu no mês passado, quando perdeu o emprego em uma rede de farmácia de manipulação. Sem perspectivas de uma nova contração, ele busca alternativas para levar dinheiro pra casa. “Eu tenho problemas respiratórios, sou do grupo de risco. Na minha casa também outras pessoas no grupo de riscos e duas crianças. Pedi uma solução para meu empregador, para evitar que me exponha ao vírus. A solução foi minha demissão”, afirma. 

Na linha de corte de gastos das empresas, mais de 13 milhões de trabalhadores estão sem nenhuma renda.

Foram 1 milhão e 200 mil pessoas que perderam o emprego só nos últimos três meses. Só no setor de postos de combustíveis do Piauí, a estimativa é que mais 3 mil trabalhadores tenham perdido seus empregos nos últimos dois meses. A justificativa dos empresários é que a pandemia do novo coronavírus reduziu cerca de 80% das vendas. 

Teresina terminou o ano de 2019 com cerca de 70 mil pessoas desempregadas, essa era a 4º maior taxa até dezembro do ano passado. No país inteiro, a taxa de desocupação é de 12,2%, que representa quase 13 milhões de pessoas. O percentual cresceu 1,3 ponto percentual em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2019 (11,0%). Esses dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. 

No meio desse caos, a Câmara Federal, presidida por Rodrigo Maia, aprovou a Medida Provisória MP 905 (Carteira Verde e Amarela), que desregulamenta o trabalho, retira direitos e rebaixa salários, provocando o aumento do desemprego no país. Embora a MP tenha sido arquivada por perda de prazo, ainda é vontade de Bolsonaro reeditar a medida. Vale ressaltar que uma Medida Provisória que tenha perdido eficácia por decurso de prazo não pode ser reeditada na mesma sessão legislativa, como consta Constituição Federal. 

“O governo Bolsonaro e Mourão é incapaz de garantir a defesa da vida dos trabalhadores e o sustento necessário para a população permanecer em casa. É um genocida! Não levar a sério a gravidade dessa pandemia e apenas responder ao desejo dos empresários de manter a produção e o comércio funcionando”, afirma, em nota, a Central Sindical e Popular – CSP Conlutas.

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