O Festival JUNT4 nesta edição faz acampamento como forma de resistência e trocas de ideias, pensamentos, trabalhos artísticos. É um momento ímpar na cidade de Teresina e na história da dança piauienses artistas de todo o Brasil poderem resistir e insistir juntos na arte como forma de construir uma realidade mais humana.Pensar o festival de dança como forma de construir novas narrativas na capital é construir uma sociedade mais humana a partir das afetações .
O evento tem um espaço antes do inicio dos espetaculos do dia para refletir as apresentações junto ao público da programação do dia anterior. Esse momento troca de percepções contribui amadurecimento do trabalho e o público tem a oportunidade tirar duvidas, apresentar questionamentos com os artistas a partir das afetações que sente durante as performances.
Hoje no espaço Campo- Arte Contemporânea os espetáculos : O Batedor de Bolsas-Dalton Paula- Go, Trindade- Só homens Cia de Dança-PI,Consubstanciation- Diniz Machado- Portugal/Dinamarca, Travesqueens- Ricardo Marinelli e Erivelton Viana- PR/MA faram a resistência através do seus trabalhos. Essa conexão de artistas piauienses com o resto do brasil fortalece o evento, a cidade , o espaço e forma uma força de luta que só é possível junto com o outro.
A equipe JUNT4 tem registrado artistas e pessoas locais ligado a dança ou tem afinidade com o assunto. Para juntar o pensamento com os pensamentos dos outros fique ligado na programação e nos espaços do evento. É valido lembrar que sempre após os espetáculos do dia tem uma festa para troca de afetividades.
Ricardo Marinelli /Foto: Alexandre Soares
Tem gente fazendo anotações
Braços pra que te quero – Ireno Gomes- PI
É um convite a uma passagem ou convocação. O corpo entre as luzes que chega até o ´público pelo cheiro. O corpo potente,sensível, visível e invisível algumas coisas no espaço.É um corpo presente.
Os braços convidam a uma passagem dali para algum espaço em que o corpo dance, pare um convite para dançar a dança que não se sabe ao certo se já inciou ou terminou a dança, mas que está dançado
Braços pra que te quero/ Foto Caio Bruno
Vestígio- Aline Magalhães – Pi
Uma sala e vários escritos do cotidiano e uma voz ao fundo trazendo questionamentos tão meu, tão seu e tão nosso. É um caminho percorrido pela nossa mente dentro do corpo que pulsa e vibra o tempo todo.
Em um corredor, um corpo, resistindo e resinificando a própria escrita ao som de uma musica que eram palavras ditas de formas sequenciadas que poderiam está escrita em algumas das folhas ou não. O corpo é insistente e busca o tempo todo não desistir.
Vestígio/Foto : Gelson Catatau
MONSTRA- Elisabete Finger e Manuela Feicheir- SP
Plantas e corpos se fundiram lentamente a cada passo dados com os pés descalços e pintados. Eram mulheres plantas ou vice-versa. Uma leveza nos corpos na transformação. Os movimentos precisos e fixos que eram quebrado o ritmo com um som de um prato ou uma espece de voz.
O corpos femininos tinham som, ritimo, barulho, fusão o tempo todo negociados. Parecia uma cena de um corpo gerado ou até mesmo brotando dos próprios corpos presentes. O Mijo veio ao mesmo tempo para todas , o deslocamento corpo a corpo negociado junto as plantas.
O espaço ficou monstruoso com a monstruosidade performada e ao fim o espaço limpo e as mudas doadas para o público .
Ainda há varias sensações a serem escritas a partir da intensidade da performance Montra, mas deixo no espaçamento do fatos descrito o próprio leitor pensar, se instigar a ver , sentir e formular a própria opinião .
As monstra brotam de todos os lugares e são sempre readubada….
Mostra/ Foto: Tassia Araújo
Deixe um comentário