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O Piauí é Território indígena: Povos indígenas se posicionam contra ordem de despejo à Gamelas

Aos 14 dias de Janeiro de 2021, o povo indígena Gamela sofreu ataque e ameaça de despejo em seu próprio território, na comunidade Morro D’água, município de Baixa Grande do Ribeiro. Segundo, Adaildo José Alves, ele estava no roçado quando ouviu gritos em sua casa, era a polícia anunciando o despejo. O relato de Adaildo pode ser acompanhado na reportagem “Luta pela vida e pela terra: comunidade indígena é despejada e tem casa incendiada em Gilbués/Piauí” .

Surpreendido pela PM, que chegou acompanhada do fazendeiro Bauer Souto, Adaildo conta que não recebeu qualquer notificação. Diante do acontecido, lideranças indígenas do Piauí lançam apoio em solidariedade e reafirmam, nas palavras de Aliã Guajajara e Joana, que o “Piauí é Território indígena”. Em vídeo, a Apoinme se manifestou em favor dos Gamelas, a seguir os povos subscritos no manifesto: Povo Gamela de Bom Jesus, Baixa Grande do Ribeiro, Currais e Santa Filomena; Povo Tabajara Tapuio de Lagoa do São Francisco; Povo Tabajara de Piripiri; Povo Tabajara Ypi do Canto da Várzea em Piripiri; Povos Tabajara da Oiticica, Piripiri; Povo Kariri de Queimada Nova; Povo Gueguê do Sangue de Uruçuí; Povo Caboclos da Baixa Funda de Uruçuí.

Vídeo dos povos indígenas em apoio à comunidade Gamela que sofreu ataque. No vídeo é possível ver o momento da ordem de despejo e a queimada à casa de Dorian

Além disso, exigem políticas sociais para enfrentar o apagamento aos diferentes povos indígenas existentes no Piauí. Pelo direito à memória, a população indígena no Piauí exige o direito à reescrever sua história, além de exigirem demarcação indígena, pois o estado, junto ao Rio Grande do Norte são os únicos do país que não possuem demarcação de terras indígenas. Em vídeo lançado à redes sociais, indígenas reclamam providências do Governo do Estado do Piauí, que possa intervir de forma urgente em respeito aos Gamelas.

Ainda durante a noite do dia 14, Dorian Nunes de Silva, filho de Adaildo, foi expulso de sua casa e logo depois atearam fogo na mesma. A comunidade relata que em junho de 2020, em plena pandemia de Covid-19, onde aldeias do Brasil inteiro fecharam suas entradas para evitar contágio, a polícia derrubou e queimou casas dos indígenas Gamela da comunidade Barra do Correntim, em Bom Jesus (PI).

No vídeo a seguir você confere vídeos lançados por indígenas nas redes sociais em solidariedade ao Povo Gamela. Acompanhem falas de: Aliã Guajajara, Cícero Dias, Joana de perfil @Flordexiquexique e Cacique Henrique do Povo Tabajara e Tapuio Itamarati, da Aldeia Nazaré Lagoa do São Francisco.

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