O modelo de universidade que reproduzimos hoje no Brasil se constitui fundamentalmente em dois eixos: o racismo e a propriedade intelectual privada. Os efeitos disso são evidentes: nós trabalhamos, estudamos e pesquisamos em instituições pautadas pelo individualismo e pela competitividade; ocupadas por uma escandalosa maioria de pessoas brancas, especialmente entre o corpo docente, e com currículos centrados em autoras/es brancas/os da Europa Ocidental ou dos Estados Unidos.
A oferta de cursos de graduação e pós-graduação interculturais representa uma iniciativa para romper com esse modelo e libertar a universidade brasileira do atual estado de alienação. É esse o principal assunto da pesquisadora Layla Jorge em “Educação Intercultural”. Doutora em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação pela Universidade de Brasília (UnB), a autora procura debater os limites institucionais enfrentados na promoção da educação intercultural.
Para a pesquisa, Layla Jorge acompanhou um programa de mestrado da UnB que reúne povos indígenas, quilombolas e membros de comunidades tradicionais de todas as regiões do Brasil. “Uma universidade que perpetue o racismo e o sexismo produzirá uma sociedade igualmente racista e sexista. Como mudar este cenário? Como fazer da universidade um espaço de promoção de justiça, em todas as áreas?”, questiona, apontando para a educação intercultural como uma das chaves para essa transformação.
DOCUMENTÁRIO
A pesquisa também gerou um documentário independente, que está disponível no YouTube.
LIVE DE LANÇAMENTO
Nesta terça-feira (26), às 19h, a autora faz o lançamento do livro “Educação Intercultural” com transmissão ao vivo no perfil do Instituto Esperança Garcia (@institutoesperancagarcia), com mediação da presidente do Instituto, professora Andreia Marreiro Barbosa.
Fonte: Instituto Esperança Garcia
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