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Piauí é território indígena: conheça a luta e resistência dos povos originários piauienses

Antes da selva de pedra derrubar a vegetação nativa e dar lugar ao que chamamos hoje de Piauí, nesse solo já habitavam diversos povos originários. Dos Manguezais do litoral até a Caatinga, do Cerrado até a Mata dos Cocais, os Guajajaras, Gamelas, Tabajaras, Tapuios, Tremembés, Guengês, Kariris, Caboclos e Tacarijus já viviam por aqui, em uma relação harmoniosa com a natureza, construindo suas culturas a partir daquilo que a mãe terra (pachamama) oferecia.

A diversidade de povos e culturas, que vai do litoral ao extremo sul do estado, não foi suficiente para assegurar os direitos dos povos originários. Demorou mais de 500 anos desde a colonização para que o primeiro território indígena do Piauí fosse reconhecido e demarcado. Ainda em 2016, o Instituto de Terras do Piauí (Interpi) iniciou o processo de arrecadação das terras públicas na região da Queimada Nova, onde fica localizado o território da comunidade indígena Kariri, a 560km de Teresina. No dia 19 de Abril deste ano, a comunidade recebeu a titulação coletiva de 2.114,6769 hectares de terra, tornando-se a primeira do Estado a ter seu território demarcado.

O agronegócio, a mineração e os grandes “projetos de desenvolvimento” tem atacado constantemente as terras e a história indígena local. Mas a resistência sempre fez parte da vida dos povos indígenas, que hoje seguem reescrevendo sua história e reescrevendo também a história dos povos não-indígenas. Abaixo compartilhamos as palavras de algumas lideranças indígenas que dedicam sua vida e seu tempo à construção de uma sociedade do Bem Viver!

Cacica Maria Francisca, dos Povos Kariri – Queimada Nova 

Sávio Santos, do Povo Tabajara de Oiticica – Piripiri

Deuzenir Pereira (Deusa), do Povo Gunguê do Sangue – Uruçuí

Cacique Henrique Emanuel, do Povo Tabajara de Lagoa de São Francisco

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