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Piauí está entre os quatro estados que mais desmataram no Brasil em 2024; e o cenário pode piorar em 2025

Da redação

Se a destruição dos recursos naturais no Piauí já era preocupante, agora, com aprovação no Senado Federal da flexibilização da Lei Ambiental brasileira na última quarta-feira (21/05), a situação tende a ficar mais grave ainda, pelo menos é que acreditam ativistas e movimentos socioambientais do Piauí. Para eles, a desonestidade do governador Rafael Fontelles (PT) e o desserviço que vem prestando ao Piauí, vai ficar para a história da destruição dos biomas presentes no Estado.

Em 2024, Fontelles já havia tentado fazer, no Piauí, o mesmo o Congresso Nacional está fazendo agora. O Projeto de Lei do Governo do Piauí nº 76/2023 / Mensagem 164 tentou alterar a Política Ambiental do Estado, criando, dentre outras coisas, a política do auto licenciamento ambiental. Enquanto o Ministério do Meio Ambiente, chefiado por Marina Silva, critica arduamente a PL 2159/2021 (PL da Devastação), aqui no Piauí, o governo apoiado por Lula (PT) deve está comemorando.

Mas os números revelam o tamanho do problema. Dados oficiais, investigados e checados pelo MapBiomas revelam que a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos-SEMARH, promoveu o maior licenciamento de desmatamento do Brasil em 2024, principalmente na Caatinga, onde, apenas um imóvel rural destruiu 13.628 hectares em três meses. 

Segundo o Coordenador do MapBioma, Marcos Rosa,  este foi o maior alerta de desmatamento já publicado desde o monitoramento do bioma , a partir de 2015. ”O desmatamento foi autorizado com fins agropecuários e deve chegar a 30 mil, ou seja, sequer metade do projeto autorizado já foi desmatado em 2024”, afirmou.

As licenças expedidas pela Semarh não tem controle ou algum acompanhamento por órgãos fiscalizadores. Para se ter ideia, um dos municípios que mais recebeu autorização, Canto do Buriti, foi onde nasceu Daniel Oliveira, então secretário de meio ambiente na época e que tem base política no município, onde tenta cargo eletivo. Em seguida vem os municípios de Jerumenha, Currais e Sebastião Leal, todos na fronteira agrícola chamada de MATOPIBA,  siglas dos estados prejudicados (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

Ainda de acordo com o relatório do desmatamento no Brasil em 2024, publicado semana passada pelo MapBioma, o Piauí apresentou uma área desmatada três vezes maior do que a do ano de 2019. O estado ocupa a quarta posição no ranking de desmatamento no País.

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