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MOVIMENTO ESTUDANTIL LEVA O TEMA DA PRECARIZAÇÃO DA UESPI PARA AUDIÊNCIA PÚBLICA NA ALEPI

Aconteceu nesta quarta-feira (09/10), no Plenarinho da Assembléia Legislativa, uma Audiência Pública para discutir a situação da Universidade Estadual do Piauí – UESPI. A audiência foi provocada por estudantes da universidade, que nas ultimas semanas protagonizaram atos de lutas e resistência, ocupando diversos campi e indo as ruas em defesa da UESPI. Como os estudantes de Campus de Oeiras e Picos que paralisaram as atividades começo do mês, os estudantes do Campus Clovis Moura que ocuparam a universidade por cinco dias, os estudantes da FACIME que foram as ruas em protesto até o Palácio de Karnak. Todos os movimentos revindicavam melhorias estruturais, mais investimentos e professores.

Estiveram presentes na audiência estudantes dos mais diversos campi, da capital e interior do estado. Além de professores da instituição, coordenadores/as da ADCESP e técnicos administrativos. A Reitoria da UESPI compareceu, entretanto, o governo do Estado não enviou representantes para a audiência. 

 

 

A ausência do governo foi duramente criticada pelos presentes. Para o professor Renê de Aquino, diretor do campus Clóvis Moura, a ausência do governo diz mais que sua presença na audiência. “A ausência demonstra o tamanho do descaso do governo, que não se coloca nem para debater sobre o problemas que enfrentamos todos os dias”, afirma.

A professora Janete Brito e o Professor Antônio Dias dividiram a fala durante pronunciamento na audiência em nome do Sindicato dos Docentes da UESPI – ADCESP. A professora Janete chamou atenção as campanhas em defesa da UESPI que professores e estudantes vem realizando nos últimos anos, desde a campanha SOS UESPI até hoje, com a campanha a A UESPI SE NEGA A MORRER. 

“O que nos chama atenção é que em todas elas nossas pautas são semelhantes. Falta de professores, falta de investimento e falta de autonomia financeira”, afirma a professora, que é coordenadora estadual da ADCESP. 

 

O professor Antônio Dias reforçou o problema da falta de professores, que já afeta o desenvolvimento dos cursos e pode afetar diretamente a abertura de novas turmas para o próximo semestre letivo. “E o mais grave é que a solução do governo para esse problema é aumentar nossa carga horária docente, o que na prática representa o fim da pesquisa e extensão na universidade”, afirma Antônio Dias, coordenador de comunicação da ADCESP.

Além dos campi de Teresina, na audiência também estavam presentes estudantes de professores do Campus Possidônio Queiróz, de Oeiras. Eles chegam em protesto, levando cartazes com denúncias sobre a grave situação do campus. Durante pronunciamento na audiência, o professor Harlon Lacerda falou sobre a situação dos cursos no campus. “O curso de matemática está hoje sem nenhum professor, o curso de pedagogia e geografia funcionam no limite e não abriram novas turmas neste ano. A situação é crítica em todos os cursos e se nada for feito, o campus pode fechar”, afirma. 

 

Ao final da audiência, os deputados presentes se comprometeram em levar às sessões da ALEPI o debate sobre autonomia financeira e o compromisso de defender essa pauta que historicamente vem sendo reivindicada pela comunidade acadêmica da UESPI. 

 

Fonte: Sindicato dos Docentes da UESPI – ADCESP

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