Lúcia Maria Oliveira é militante aguerrida pelo direito à cidade e neste mês de outubro, onde se comemora a urbanização e cidades sustentáveis, ela resolveu, junto com Eloá Norberta, passear por sua comunidade e fazer uma série de reportagens sobre os violações do direito à cidade e à moradia. Nesta Editoria, “Esperanças”, destinada a reportar as ações dos atingidos pelo Programa Lagoas do Norte, vamos acompanhar cada passo dessa companheira. Nos somamos aos protestos “Lagoas do Norte Pra Quem?”, “Cidade Pra Pra Quem?”.
Na íntegra, o material produzido nesta semana:
A cronologia da urbanização brasileira: “Quem tem direito à cidade?”
Começo agora o segundo episódio da série: Outubro, mês da urbanização.
Na década de 70, o crescimento acelerado do meio urbano em decorrência da migração dos habitantes do meio rural para o meio urbano, provocando o chamado “êxodo rural”. Esse aumento do meio urbano sinteticamente maior do que o da zona rural recebeu o nome de urbanização, iniciado no século XIX. Provocando um colapso, vendo que o Brasil era considerado um país agrário, como principal fonte o café. Em 1930, com a concentração fundiária e a mecanização do campo, substituindo a mão de obra assalariada.
Provocando mudanças na ordem social do país, destacando:
• o aumento desacelerando das cidades sem nenhum planejamento, aumentando os problemas ambientais como: poluição e a ocorrência de enchentes
• a formação de favelas, onde a massa mais pobre se instalava, pela baixa valorização do terreno. Tornando-se mais “acessível”
• A marginalização crescente, pois a maioria das pessoas que chegavam aqui não possuíam escolaridade, aumentando as taxas de violência e pobreza pela ausência de planejamento urbano e políticas habitacionais.
Sendo nós, mulheres negras as maiores vítimas da herança do maior crime cometido pela humidade, que foi a escravidão. Trazendo para o nosso contexto, vemos o descaso político para com a zona norte quando se implanta “projetos” milionários sem a participação dos moradores e sem consulta pública.
Nesse vídeo vemos a concretização do racismo ambiental empregado pela prefeitura teresinense contras as mulheres negras e toda a população da zona norte.
Assista ao vídeo da entrevista:
Comments (1)
Carlos Domingos (D'Vila)says:
15 de outubro de 2020 at 10:32 PMmuito interessante essa matéria.