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REAPI DENUNCIA QUE LAVANDERIA FRANCESA POLUI O RIO POTY COM RESÍDUOS HOSPITALARES

Proibida de funcionar desde o último dia 17 de setembro pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos-SEMAR, a lavanderia industrial Lavebrás ou Elis, que vem poluindo o Rio Poty com resíduos oriundos dos hospitais públicos e privados de Teresina desde 2016, continua funcionando normalmente.

Na fiscalização que resultou no embargo, os fiscais constataram que a lavanderia lança na rede coletora pública de esgoto resíduos como sangue, pus, secreções, urina, medicamentos entre outros, sem nenhum tratamento químico ou biológico.

 

Desde sua chegada em Teresina, em 2016, a Lavebrás não instalou equipamentos necessários para tratar os resíduos, entre eles, a Estação de Tratamento de Efluentes-ETE, obrigatório pela legislação. Para seguir funcionando como lavanderia industrial a empresa vem conseguindo liminares e a proteção de agentes públicos dos órgãos ambientais. A última liminar venceu em julho passado.
A também Secretaria de Meio Ambiente de Teresina-SEMAM, já realizou algumas fiscalizações e embargos, mas, a empresa vem conseguindo na Segunda Vara dos Feitos da Fazenda Pública, nova liminares para continuar operando normalmente.

Somente este ano houve embargos em fevereiro, pela SEMAM e em abril pela SEMAR que constatou que a mesma não possuía licença para operar como lavanderia industrial e ainda provocava vazamento no maquinário utilizado, destina os resíduos de filtragem ao lixo comum e inexistia a estação de tratamento de efluentes-ETE entre outras.

Apesar do embargo, no dia 12 do mesmo mês, o Superintendente de Meio Ambiente do órgão, Carlos Moura Fé, suspendeu o mesmo e concedeu prazo de 20 dias para a Lavebrás se adequar as exigências das leis ambientais. Passado os meses, novos embargos, novas multas, faltando apenas uma nova liminar para que a lavebrás ou Elis, continue operando irregularmente, causando danos irreversíveis ao Rio Poty.

Diante dos fatos a Ong Rede Ambiental do Piauí-REAPI, os Ministérios Públicos Estadual e Federal a fim de conter o funcionamento da empresa. A entidade, que atua na defesa do meio ambiente no Piauí há mais de treze anos, considera está havendo descaso com os recursos hídricos e com a saúde da população que utiliza o rio. Se já não bastasse, moradores residentes nas proximidades da empresa, no Bairro Ininga, denunciam que a mesma promove ruídos acima do permitido para áreas residências e nem mesmo isso, foi possível reverter.

Fonte- REAPI

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