Longe da narrativa criada pela “mídia” local, de que o Mercadinho Mescladinho é um “point de estudantes universitários”, sabemos que o comércio deste senhor tem outros e diferentes significados.
Foto: Janaína Rodrigues
Todo apoio ao trabalhador amável e amado que é o seu Rufino, pelo seu corre diário. Longe da narrativa criada pela “mídia” local, de que o Mercadinho Mescladinho é um “point de estudantes universitários”, sabemos que o comércio deste senhor tem outros e diferentes significados.
A encruzilhada do Rufino é sim lugar de encontro, cultura, arte, debate, conversa, mas tem outras marcas. Aquela encruza também é lugar que abastece as famílias locais, outros pequenos comércios existem na região, mas é este o mais frequentado, pela sua simplicidade e receptividade carismática do seu “Rufas”. Não é só pela cerveja, pelo Gaúcho (que nem é vinho) ou pelos mantimentos. É pelo prazer do encontro, seja esse um encontro de estudantes, amigos, vizinhos ou da galera do “Terceiro Turno”. É pela alegria com a qual o seu Rufino nos recebe, sempre descolando uma cadeira para sentarmos, por mais lotado que esteja o lugar.
Acima de tudo, este espaço é o trabalho e ganha pão de uma família. É muito estranho ver setores marginalizando e criminalizando a luta de uma família, de forma tão sistêmica. Pela força violenta empregada até parecia que estavam à caça de um grande figurão do crime, que põe em risco toda a sociedade teresinense. Nos perguntamos: existe a mesma força para fiscalizar as grandes redes de supermercado que tanto nos explora? Há a mesma preocupação da mídia, da sociedade, da Vigilância Sanitária para inspecionar as grandes indústrias de alimentos que nos envenena pouco a pouco todo dia? Ao contrário, só vemos a perseguição contra pessoas simples, que vivem do seu trabalho.
Seu Rufino, sendo ele mesmo, responde a tudo isso com sua amorosidade: “Agradeço a Vigilância Sanitária por vir me ajudar a me organizar”. Essa foi sua resposta, ele agradece e promete se organizar para melhor servir “seus amigos”, pois ele não tem clientes.
Salve o corre diário da classe trabalhadora!
Créditos do vídeo: Rodrigo M. Leite
Comments (4)
Janaína Rodriguessays:
15 de abril de 2018 at 10:12 PMBoa matéria, é, de fato, muito importante darmos voz à essa figura emblemática. Salve, Mestre Rufino!
Só um adendo: quanto à imagem, o crédito é meu. Importante se atentar a esses detalhes… Ainda mais que foi dado o mesmo direito ao vídeo. Obrigada! 🙂
Redação Ocorre Diáriosays:
15 de abril de 2018 at 10:35 PMTexto atualizado com créditos da foto.
Maria Sueli Rodrigues de Sousasays:
15 de abril de 2018 at 11:14 PMUma matéria de responsa! Não aquela propaganda da vigilância sanitária! Uma escrita sensível, comprometida com a vida, com a luta do Seu Rufino! Muito feliz com a matéria, com vídeo. O texto acho que é da Sarinha! Não vi os créditos, mas parabéns mesmo! Muito boa! É esse jornalismo de que precisamos!
Xaviersays:
16 de abril de 2018 at 1:39 PMSalve Seu Rufino, homem de coração bom e caridoso. Vamos a luta!