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Sociedade Civil lança GT sobre impactos das Energias Renováveis no Piauí nesta sexta (15)

Pouco se fala sobre os impactos negativos promovidos pelas Energias Renováveis no Piauí, embora eles existam e afetem grandes populações, sobretudo comunidades tradicionais, causando fortes impactos socioambientais. Para debater o assunto, entidades da sociedade e movimentos sociais, vão acompanhar de perto a chegada desses megaprojetos. Com isso, será lançado nesta sexta-feira (15, às 9h30), na UESPI Campus Parnaíba, o Grupo de Estudos-GT “Impactos das Energias Renováveis”.

O grupo se propõe a pesquisar, estudar e debater as novas fontes de energias, dita renováveis, que substituirão os combustíveis fósseis na transição energética. O que já se tem evidências até o momento são grandes impactos negativos promovidos pelas Eólicas, Hidrogênio Verde e Energia Solar.

O Hidrogênio Verde, por exemplo, para se transformar em energia, passa pelo processo de hidrólise da água, para separar as moléculas de hidrogênio e oxigênio. Essa água precisa ser pura e limpa e para cada megawatt de energia produzida por uma unidade de eletrólise, são gastos 4.921 litros de água”, explicou o professor Dr. Valdinar Bezerra, pesquisador da fonte de energia.

O pesquisador garante que para produzir hidrogênio verde em grande escala são necessárias incontáveis quantidades de litros d´água. O também doutor, pesquisador e professor, João Paulo Centelhas, completou informando que provavelmente a água será captada do Rio Igaraçu. Acrescenta ainda que quanto mais à água é utilizada para segregação do hidrogênio, mais densa de impurezas fica e mais caro fica o tratamento. Desta forma, é provável que a água captada seja devolvida contaminada.

Eólicas

Os impactos das Eólicas nas populações que estão nos caminhos da imensidão de terras que precisam ocupar, já “enlouqueceu” muita gente devido ao barulho das turbinas dos geradores eólicos. Os relatos são de pessoas que desenvolveram enxaquecas, pressão alta, estresse e ansiedade, além de interferir na rota migratória de aves, promover grandes desmatamentos, cercear o direito das pessoas de ir e vir e, o que não se esperavam, estudos revelam que as eólicas contribuem com aumento da temperatura da Terra. É válido lembrar o exemplo ocorrido na Pedra do Sal (Parnaíba-PI) que gerou aterramento de lagoas, dificultando os modos de vida das comunidades pesqueiras.

Solar

Em operação no Estado o maior parque solar se encontra em Ribeira do Piauí, “Nova Olinda”, com cerca de mil painéis que ocupam uma área de 800 hectares e se propõe a gerar 377GWH. No entanto, as previsões são de que o maior parque solar da América Latina será em São Gonçalo do Gurguéia, Sul do Estado, com capacidade para gerar 2twh de energia.

Sobre os impactos em curso houve aterramento de fontes de água, nascentes, lagoas, promoção de êxodo rural, destruição de lavouras, proibição de criação de animais e plantio. Agricultores familiares caem em depressão, afirmam os movimentos sociais que atuam nas regiões de São Gonçalo e Ribeira do Piauí.

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