A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí – SEMAR cancelou a Audiência Pública, que aconteceria no próximo sábado, dia 26/11, em Brejo do Piauí, onde a empresa APESA – Agropastoril Piauiense deveria apresentar seus estudos de impactos ambientais do projeto de plantio de soja e milho em seis mil hectares, dos doze mil que a empresa adquiriu para produzir na vegetação Caatinga, mais especificamente no Corredor Ecológico Capivara/Confusões.
A assessoria de imprensa da Semar informou que a suspensão da audiência segue uma recomendação do Ministério Público Federal. “A Semar acatou em consenso com o empreendedor”, informou. Ainda de acordo com a assessoria, foi estipulado um prazo de 45 dias para “o empreendedor reestruturar o RIMA (Relatório de Impacto Ambiental) com mais informações para se marcar uma nova data da audiência”.
O Ocorre Diário já havia denunciado os riscos que estão por tras desse empreendimento, que inclusive, tem mobilizado reações contrárias de pesquisadores e instituições locais como a Fundação do Homem Americano-FUMDHAM e a Cooperativa Mel do Sertão.
De acordo com o apicultores da região, o impacto será invitável e a produção de mel pode ser fortemente prejudicada. “Para nós, apicultores é como se fosse acontecer um terremoto, um furacão, a diferença é que esse desastre foi planejado”, afirmou João Aparecido, presidente da Cooperativa Mel do Sertão. Estima-se que sejam aproximadamente 1.500 pessoas que, em família, trabalham como apicultores e se organizam em Cooperativas. A produção de mel nessa região de Caatinga vem da década de 1960.
Deixe um comentário