A denúncia é do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e do Sindicato dos Professores da UESPI (ADCESP). Em abril deste ano, a Administração Superior da UESPI lançou o Edital UESPI/PREX/DAEC Nº 12/2023, referente ao Programa Auxílio Alimentação. Foram disponibilizadas 2.500 bolsas, com o valor de R$300,00 cada. O edital foi lançado em abril, o resultado final foi divulgado apenas em junho e a primeira parcela do auxílio pago apenas no mês de julho. O edital anterior encerrou em março deste ano e os estudantes que dependem do auxílio alimentação passaram pelo menos três meses sem receber, com a promessa de que em julho iriam receber o pagamento retroativo a maio.
Em live publicada no canal oficial da UESPI no Youtube, a Diretora do Departamento de Assuntos Estudantis e Comunitários – DAEC da PREX, Profa. Hilziane Brito, garantiu que as verbas do auxílio alimentação estavam garantidas por meio do Fundo de Combate à Pobreza – FECOP (vinculado à Secretaria de Assistência Social do Piauí) e que, portanto, não haveria possibilidade de atraso nos pagamentos. Ela afirmou ainda que os estudantes contemplados iriam receber o valor retroativo ao mês de abril.
“Os editais de auxílio alimentação são editais anuais, que são recursos que a Uespi recebe do fundo de enfrentamento e combate a pobreza do estado. Considerando que os recursos são suficientes para arcar de abril até dezembro, então os alunos contemplados neste edital vão receber de forma retroativa esse pagamento desde o mês de abril. Os alunos não precisam se preocupar que eles vão receber o retroativo”, afirmou a diretora durante a live publicada no dia 19 de abril.
O Diretório Central dos Estudantes da UESPI realizou uma manifestação na manhã de ontem, na frente da reitoria da UESPI, com o objetivo de cobrar respostas frente a esse cenário de descaso com as políticas de permanência estudantil na universidade. “REPUDIAMOS VEEMENTEMENTE a atitude tomada pela Administração Superior da UESPI e do Governo do Estado do Piauí em não pagar (até o momento desta publicação) os retroativos referente aos meses de abril e maio que foram prometidos em Live no dia 19 de abril”, afirmou o DCE em nota publicada nas redes sociais.
De acordo com o Sindicato dos Docentes da UESPI, “trata-se de uma ação de assistência estudantil que para uma parcela considerável de estudantes é indispensável à permanência e continuidade nos estudos, repercutindo positivamente no trabalho docente e na qualidade da formação e da própria Universidade”, afirmou em nota. O DCE alega ainda que muitos estudantes tiveram que contrair dívidas ou ficaram sem fazer algumas das refeições do dia por conta da falta de bolsas.
É o caso da estudante do curso de história de Floriano, Laiane Piauilino, que passou três meses sem receber o auxílio e agora continua com dificuldades, por conta do não pagamento do retroativo. “O caso é que passamos três meses sem receber o auxílio. E quando finalmente recebemos, não foi totalmente pago. Então ficamos três meses sem assistência”, afirma.
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