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Uma história encantada; História de Vó para Neta abre a Série Culturando nos Morros da Mariana

Tão importante quanto a identidade cultural de um território é o olhar que se tem sobre ela. Dependendo de como a olhamos e percebemos sua importância, valorizamos ou não o território onde vivemos. O Projeto Culturando nos Morros da Mariana, traz este olhar de perto e de dentro onde a comunidade nos conta suas histórias de vida, narrativas, contos e memórias coletivas.

Começando a série de Histórias do Morros da Mariana, apresentamos a narrativa deu origem ao nome do povoado Morros da Mariana. Quem conta é Islene Cristina Costa Araújo, jovem ilhagrandense de 23 anos. Islene cursou o ensino médio e, sendo estudiosa e atuante, se dedica a projetos que envolvem a juventude da cidade. Participa do grupo de jovens na igreja, mantendo sua fé na condução das ações. Tem o sonho de ser uma pessoa bem estabilizada e o reconhecimento pelos seus projetos. 

Este projeto é desenvolvido com o apoio do Sistema de Incentivo à Cultura (SIEC) da Secretaria de Estado de Cultura do Piauí, patrocínio da Equatorial Energia e parceria da Colônia de Pescadores Z 7. Para saber mais do projeto clique aqui. 

E segue a história…

Morros da Mariana: Uma história encantada

Por Islene Cristina Costa Araújo

Islene, jovem contadora e encantadora de histórias.

Ai, ai… Por onde eu começo essa história de uma pequena cidade abraçada por um mar salgado e um grande rio de água doce??

As pessoas desse lugar, desde que se entendem por gente, ouvem os mais velhos contar que há muito tempo atrás uma cobra tinha engolido uma criança às margens do rio do vilarejo. E que seria essa a história que deu origem ao nome do lugar: Morros da Mariana.

Dona Fátima de Meneses Costa, Avó de Islene e moradora dos Morros da Mariana.

Conversando com minha avó, a dona Maria de Fátima de Meneses Costa, ela me contou que a história se baseia em uma das primeiras moradoras do local. Uma senhora chamada Mariana, que era humilde e estava lavando roupas no rio, com a sua netinha brincando logo ali perto. A menina, brincando, se distanciou dela um pouco mais e quando Mariana se deu conta, espantou-se com gritos da neta. Ao levantar os olhos do seu trabalho, lá estava uma cobra enorme no lugar onde a menina deveria estar. Não teve dúvidas, a cobra havia engolido a pobre menina. Mariana correu aos gritos e prantos, tropeçando e pedindo socorro… Encontrou dois homens que vinham da roça. No desespero, demorou um pouco, mas conseguiu explicar o que havia acontecido e eles lhe ajudaram. Ao chegarem no local, a cobra ainda estava lá. Conseguiram matar e retirar a criança. Mas, ela já estava sem vida.

Os moradores e amigos próximos se entristeceram e se enlutaram com o acontecido. Se comoveram e fizeram o sepultamento da menina onde, hoje, está localizado o cemitério da cidade. O povoado Morros da Mariana se transformou no município de Ilha Grande do Piauí. Mas, o bairro central se chama Morros da Mariana, lembrando a história da primeira moradora que perdeu a neta de forma muito triste.

Essa história é contada de diferentes formas. Para a nossa geração, é mais ou menos assim que nos é contada.

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