“Vozes Plurais: Direito à comunicação para adiar o fim do mundo”, marca a semana pela democratização da comunicação organizada pela Plataforma de comunicação Popular e Colaborativa OcorreDiário. As atividades, que acontecem na modalidade virtual, acontecem entre os dias 23 e 25 de outubro e fazem alusão ao dia 17 de outubro, dia nacional de mobilização pela democratização da comunicação. Quem se interessar marca na agenda que as atividades serão sempre às 19h horas, com exceção da live de sábado que acontecerá às 19h30.
Na pluralidade das vozes, as atividades contam com pensadores indígenas, artistas, pesquisadores em comunicação e coletivos de comunicação. Começa nesta sexta (23) com a comunicadora, pesquisadora artista Mallu Mendes, que entrevista Jacob Alves, artista e pesquisador de tecnologias, com o tema sobre o tema “Dança e democratização da Comunicação” abordando também temas sobre o Junta-Festival de Dança Internacional .
Dando continuide no sábado (24) às 19h30 (transmissão no facebook e youtube @ocorrediário, receberemos o professor Adilson Cabral (UFF), ativista e pesquisador e o indígena Cristian Wari’u, dos Podcasts @vozindigena e @coopioparente trazendo vozes ancestrais para construir outra comunicação. Ambos estarão na live-debate onde haverá participação dos coletivos Labcine, Malamanhadas, Fala Dirceu e Centro de Defesa Ferreira de Sousa. A live contará com a mediação de Sarah F. Santos e Luan Matheus, JornArtistas do OcorreDiário.
E no domingo tem live-debate com Vicente de Paula, JornArtista e pesquisadore que vai entrevistar Cecília Bizerra, doutoranda em Comunicação pela UFMG com o tema “Democratização da Comunicação: Gênero, Raça e Classe”.
E porque democratizar a comunicação é uma luta do povo?
Segundo autores como Coutinho e Paiva (2007), a comunicação na América Latina está concentrada nas mãos das elites. Como um direito humano, a comunicação deve ser uma garantia para a democracia e pluralidade das vozes. “Isto porque o direito de dizer a palavra é uma garantia constitucional de tratados internacionais, mas ainda assim o Brasil silencia a grande maioria de sua população os mais pobres, as pessoas LGBTQI+, negros e negras, indígenas, diversos credos e religiões e etc. São muitas as coletividades que clamam por voz, mas estão sujeitas às indústrias midiáticas (TV, Rádio, Editoras de livros e revistas, Indústria Musical e do Cinema e etc.)”, afirma Sarah F. Santos, Co-idealizadora do OcorreDiário.
Mesmo com a disseminação da internet, ainda há concentração tanto para produção de comunicar, como no acesso à informação. Por exemplo, Luan e Sarah apontam que, durante a pandemia observou-se a precariedade no acesso à internet excluindo as populações mais empobrecidas de acessar a educação. Inclusive, o OcorreDirário, publicou uma reportagem, denunciando as precárias condições tanto de professores como estudantes da rede básica nesse quesito.
“Reconhecer que no mundo existem vozes Plurais e que todes têm direito a dizer sua palavra, é reconhecer a igualdade entre nós através daquilo que nos diferencia. O esforço do Ocorre é pra tornar a Comunicação um espaço plural, democrático e de humanização diante de um mundo que tenta nos desumanizar a cada dia”, afirma Luan Matheus, Co-idealizador do OcorreDiário.
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